Como todos no mundo e de todas as religiões, estamos sujeitos ao livre arbítrio, sendo assim o suicídio seria uma fraqueza da psique (alma física, pensamento) e não do Ori Inu, porém desde nosso nascimento iku nos persegue em todos os momentos de nossas vidas, cabe ao nosso Ori Inu vencê-lo até que chegue o nosso momento.
Quando morremos de morte natural, então, no mundo do orun já tem todo um aparato: é Obaluaye sentando no peito do aparaka até que a mãe terra receba seu corpo, nessa hora Nana recolhe sua alma e Oya a conduz para um dos nove espaços do Orun, nós, os de candomblé, sabemos que pros suicidas não acontece todo esse procedimento no Orun para com os suicidas e também sabemos que pra eles temos que rodar balaios e muitos carregos. Sabemos também que por detrás da cerimônia Axexe está também aceleração do termino do ciclo de vida daquela pessoa aqui no Aiye e o início de uma trajetória no Orun.
Segundo todas as crenças dos povos que trouxeram a nossa religião que hoje, no Brasil, se chama candomblé (palavra francesa), seria que ao sair do Orun pra vir pro Aiye, Ori Inu passa por vários processos
1º Orumila pergunta: Escolha um destino.
2º Onibode, guardião do portal de Orun-Aiye se certifica se ori tem mesmo toda consciência dos percalços que vai passar aqui na terra. Partindo da premisse que até Orumila foi perseguido por Iku e salvo por Ewa, nenhum ori teria essa permissão de escolher a hora de interromper seu trajeto (pré-destino, caminho).
Também sabemos que se precisa muito mais do que essa cerimônia para que se conduza o espírito de um suicida além de termos a consciência que muitas praticas como a de ser cremado, ser engavetado, entre outras. Não é permitido na nossa religião.
Resumo:
Não faria o axexe porque é um suicida e sim porque a tradição e a crença pede para que se faça os balaios e os carregos.
Mas se desse tempo e o jogo permitisse que se fizesse a despedia (o festejo, o axexe) e a condução, também faria, mas só depois de ter me certificado que já fiz o que aprendi para ele.
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