quarta-feira, 14 de setembro de 2016

postura dentro do axé

Termo de Responsabilidade do Ilê Odé Ofar Ominderé

Dez Regras que contém informações importantes para todos que queiram agregar a família Ilê Odé Ofar Ominderé, isso pois valorizamos a transparência e nada melhor do que deixar as regras bem claras.

1º Tanto o abyan (não iniciado), quanto quem chega no Ilê Odé Ofar Ominderé para tomar obrigação tem três meses para se adaptar, isso quanto a vestuário, comportamento e etc. Para isso é necessário o empenho dos mais velhos para ensinar, assim como é igualmente importante a boa vontade de quem estar chegando para aprender.

2º Não adiantamos obrigação (ajodun), aqui se toma um, três e sete anos na data correta, após se tornar um egbon (mais velho), se comemora todos os anos o aniversário do seu Orixá, onde você oferta parte da sua colheita anual, ou seja, damos aquilo que recebemos. Isso vale para todos, yawòs, ekedys, ogans e demais cargos.

3º Quem Olorun determinou a ser zelador(a) de Orixá, já nasce com o dom, porém deve ser lapidado conforme os ensinamentos do axé, portanto filhos doIlê Odé Ofar Omindere só iniciam pessoas no culto sem o nosso acompanhamento, após seu Oyè.

4º Qualquer roupa ou objeto emprestado da casa, deve ser entregue como foi e nas mãos de quem foi retirado, essa nem é uma questão de axé e sim de educação. Assim como algo que é foi quebrado deve ser reposto.

5º A manutenção da casa é dos filhos, quem não pode colaborar com dinheiro, colabora com trabalho, pois sempre precisamos de ajuda para manter a ordem e a limpeza no terreiro.

6º Pelo volume de pessoas durante as funções, temos contas pesadas de água e luz, então economize, nada de deixar a luz acessa nem a água derramando sem necessidade, lembre-se que são as suas doações que mantem a casa.

7º Não faça comentários ou postagens desagradáveis que possam gerar conflitos nas redes sociais, você representa um axé e carrega o nome do Ilê Odé Ofar Omindere isso demanda responsabilidade, você expondo sua família de axé, acaba denegrindo sua própria imagem. Cada um tem direito de ir e vir, mas quem fala o que quer, ouve o que não quer, além de ter que assumir e provar legalmente o que está sendo afirmado.

8º Em nossa casa temos a Ficha de Reclamação, um documento onde o filho pode dissertar sobre sua insatisfação, esse documento será lido pelo Baba Junior e será tomada uma medita corretiva.

9º Ninguém é obrigado a se iniciar no Orixá ou tomar obrigação no Ilê Odé Ofar Ominderé, mas se assim decidir, tenha em mente que cobraremos uma postura séria e respeitosa, quem “faz santo” já sabe antecipadamente que irá ter que seguir regras de convivência, respeitar a hierarquia e estar presente nas obrigações da casa (Águas de Oxalá, Festa de Ogum e Oxossi, Festa de Xangô, Olubajé, Festa das Iyábas e Festividade do Orixá da Casa), em casos de não conseguir participar das funções precisa justificar a ausência.

10º Em nossa casa possuímos duas lideranças religiosas, Babalorixá Junior Ty Logum Edé, onde sigo os costumes e tradições da nação alaKetu, porém como toda casa de axé, temos particularidades e não nos apoiamos em qualquer outra casa para fazermos nosso candomblé. Respeitamos as casas matrizes e a hierarquia, porém construímos nosso próprio nome. Deixo isso claro, para que todos fiquem cientes que assumimos total responsabilidade sobre o que é praticado em nosso axé.