quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Àtúnwa - A vida nunca acaba.


Não há que se temer a morte, pois esta não existe, a vida não termina com a morte, o que acontece é que vamos sofrer uma transmutação, o processo divino da existência única é chamado de àtúnwa, a continuidade da vida.
No momento do nascimento da vida humana Olodumare cria para o ser humano um conjunto de forças sagradas que vai possibilitar a vida.

cria o Emi: o sopro divino de vida.
cria a Ori: a individualidade e a identidade que vai diferenciar cada ser humano.
cria o Ara: o corpo físico vindo da lama.
cria o Ese: elementos do organismo humano.
cria o Okan: coração físico e o coração espiritual
cria o Ojiji: essência espiritual.
cria o Odu: o destino e o caminho a ser percorrido.
cria o Asé: força mágica propulsora da vida.
cria o Orisá: guardião da existência humana.


Tudo que nos foi ofertado por Olodumare para que se formasse a nossa existência são aspectos imortais, pois ao se separarem do corpo físico retornam ao orun, pois estão contidas pelo principio da criação de Olorun
São exatamente estas forças que vão movimentar a ancestralidade e formar a raiz mãe do asé orisá.

No culto de orisá, os ancestres significam: Aqueles que um dia possuíram a energia de vida, que vão passar de geração para geração garantindo assim a continuidade da vida e do culto a orisa, razão pela qual nada pode ser feito sem a consulta a ancestralidade, sendo ela a parte fundamental de nossas vidas atuais.

Muito dos problemas e aspectos existentes na vida humana esta relacionado a ancestralidade, aos nossos ancestrais familiares, razão pela qual devem ser sempre cultuados dentro do maior respeito e carinho, para que possamos sempre ter os nossos caminhos livres.

A ancestralidade esta presente não só na cultura Africana, mas também em outras, por todos os motivos explicados afirmamos que existe é a penas a mutação do corpo físico que ira se decompor, mas a nossa essência ira continuar pela eternidade, como já disse passando de geração pra geração.

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