Relembra uma passagem na qual Iyánsàn foi encarregada de levar o encanto do fogo para Sàngó, e no meio do caminho resolveu experimentá-lo. Abriu o recipiente e provou um pouco do líquido. Quando foi falar com Sàngó, saiu fogo de sua boca. Foi então que Sàngó percebeu que ela lhe havia roubado o poder do fogo que era destinado somente a ele. Foi uma artimanha de Èsù para mostrar como as mulheres são curiosas.
As luzes são apagadas e a Iyánsàn mais velha entra com uma panela de barro cheia de brasa e fogo.
Ao toque do Alujá Sàngó e Iyánsàn dançam com a panela na cabeça. A panela passa de uma cabeça para a outra e só os Òrìsà é que conseguem tocá-la devido à quentura.
O tempo de duração da cerimonia é o necessário para que todos os Sàngó e todas as Iyánsàn tenho conseguido segurar pelo menos uma vez a panela. O ultimo a segurar o Ajere é Sàngó que sai do salão com a panela na cabeça.
Após a cerimonia as luzes são acesas e os orixás dançam suas cantigas separadamente.
As danças de Oyá são muito espetaculares. Ela manda nos Eguns. Com grandes movimentos nos braços, impede sua passagem e os afasta. Ela vai até os atabaques colocando a palma de suas mãos para frente e, apressada, dirige-se até a entrada do barracão. Agitada e nervosa, corre para todos os lados como se quisesse afastar o perigo;
depois pára e dança, balançando os quadris de maneira provocadora. Diz-se então que ela esta quebrando os pratos.
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